mas gente, as matérias poderiam ter vindo junto

Para a psiquiatra Julieta Guevara, a ansiedade tem se agravado nos últimos anos. Segundo ela, muitas coisas disputam nossa atenção durante o dia e os meios eletrônicos pesam bastante nessa correria para fazer tudo-ao-mesmo-tempo-agora. E como nem sempre dá para fazer tudo – por causa do tempo ou por razões que fogem do nosso controle – encontramos muitos impasses, levando à preocupação em excesso. “A falta de solução frente a problemas ou dilemas traz a ansiedade como recurso resolutivo. O ser humano organiza por prioridades estas soluções, quando não consegue a ansiedade aumenta” explica a Dra. Guevara.
Como patologia, a ansiedade se subdivide em alguns transtornos: do pânico; de ansiedade generalizada; o obsessivo-compulsivo; de estresse pós-traumático  e também em fobia social, cujas características vemos na próxima página. Mas para uma pessoa que vivenciou qualquer uma dessas aflições sabe que, embora o diagnóstico profissional e o tratamento sejam indispensáveis, também é importante encontrar algo que ajude a superar os momentos de crise. Para Millene Andrade, diagnosticada com síndrome do pânico, desenhar e ouvir música são coisas que tiram sua mente da angústia. Ela começou a sofrer as manifestações quando estava no trabalho: “comecei a ficar sem ar e chorar e ficar enjoada, mas só tive confirmação quando fui depois a uma terapeuta”, lembra a estudante.
“Os familiares e amigos devem levar em conta que as pessoas com os transtornos de ansiedade estão com a saúde mental doente e que por isso se sentem muito inseguras, perturbadas e com medo do que os outros vão pensar dos seus atos, por isso é importante o acolhimento e aceitação”, explica a Dra. Maria Cristina. Não se deve ironizar nem minimizar a reação da pessoa ansiosa, dizer que é exagero está fora de questão, pedir calma pode gerar o efeito contrário. “Negligência ou deboche são maneiras de prolongar a doença e protelar o tratamento”, alerta a Dra. Julieta Guevara.
O amor também é um dos melhores tratamentos para questões como estas: o amor ao próximo para não julgar nem ridicularizar (o mesmo amor que Paulo tanto pregou); o amor próprio para que mesmo em momentos de crise seja possível encontrar um ponto de apoio para não desistir e se entregar à ansiedade e por último, mas não menos importante o amor a Deus e a certeza de que mesmo em tempos de profunda angústia, medo e ansiedade Ele está sempre pronto a nos dar alento.

Tipos de transtornos de ansiedade
Transtorno do pânico - o indivíduo tem a sensação de que está para morrer, como se estivesse tendo um ataque do coração ou então, perdendo o controle e enlouquecendo; os pensamentos ficam confusos e a resposta do corpo é exagerada, causando batedeira no peito, falta de ar, náuseas, tremores, suor frio e diversas outras reações físicas;
Transtorno de ansiedade generalizada - ou TAG, o estresse ou as preocupações excessivas do dia a dia levam a pensamentos e sentimentos que causam os sintomas ansiosos, a ponto da pessoa se afastar de locais fechados, definir rotas de fuga, evitar aglomerações, entrar em bancos, centro de compras etc
Fobia social - é a mais comum e acontece sempre em situações públicas, tendo por base a avaliação dos outros, como se estivesse para ser avaliada e observada de forma negativa. A pessoa evita comer em público ou assinar cheques perante pessoas.
Transtorno obsessivo-compulsivo TOC – a pessoa sen
te extrema necessidade de repetir um ou diversos hábitos que sabe ser inadequados ou inúteis, mas é compelida por seus pensamentos a realizar insistentemente determinados rituais, como verificar portas trancadas, válvula do gás, lavar constantemente as mãos, etc. 
Transtorno de estresse pós-traumático - o TEPT é causado por um trauma grave, traumas frequentes e repetitivos, ou por um evento terrível que perturbou de forma intensa a vida psíquica de um indivíduo. Se tornam constantes pesadelos, insegurança associada a locais ou situações semelhantes e os chamados flashbacks, lembranças súbitas com toda a carga emocional vivida, sem controle voluntário e sem atenuação por tempo prolongado.
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Nara Lima

Jornalista, viciada em séries de TV, INFP convicta, curiosa sobre novas culturas. Pernambucana de nascimento, paulista de coração. Sedenta por mais de Deus. Tagarela, santista, bagunceira e abençoada.

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